A noite de 31 de maio de 2025, que deveria ser de celebração pela histórica vitória do Paris Saint-Germain (PSG) na final da Liga dos Campeões contra o Inter de Milão, transformou-se em uma onda de violência em Paris, resultando em dois mortos, 192 feridos e 426 prisões, segundo o Ministério do Interior da França. A euforia pela conquista do primeiro título europeu do clube, com uma goleada de 5 a 0 em Munique, foi ofuscada por saques, incêndios e confrontos com a polícia, causando danos estimados em centenas de milhões de euros. Informações de veículos como Reuters e Le Monde confirmam que a violência se concentrou na avenida Champs-Élysées e nas proximidades do estádio Parc des Princes, com relatos locais apontando que a maioria dos envolvidos seria de origem árabe e norte-africana, o que intensificou debates sobre segurança e imigração na França.
Os distúrbios começaram logo após o apito final, quando milhares de torcedores tomaram as ruas de Paris. A polícia, com um contingente de 5.400 agentes, usou gás lacrimogêneo, canhões de água e spray de pimenta para conter a multidão, que incendiou 264 veículos e causou 692 focos de incêndio, conforme noticiado pela BBC. Lojas, incluindo uma Foot Locker na Champs-Élysées, foram saqueadas, e abrigos de ônibus foram destruídos. Um jovem de 23 anos morreu em Paris ao ser atropelado por um veículo, e um adolescente de 17 anos foi esfaqueado fatalmente em Dax, no sudoeste do país, em incidentes possivelmente ligados às celebrações, segundo a The Guardian. Nove policiais e sete bombeiros ficaram feridos, com um agente em coma induzido após ser atingido por fogos de artifício em Coutances, Normandia.
O ministro do Interior, Bruno Retailleau, condenou os responsáveis, chamando-os de “bárbaros” que “não representam os verdadeiros torcedores do PSG,” conforme publicado pela Sky News. O chefe de polícia de Paris, Laurent Nuñez, destacou que a maioria dos detidos estava envolvida com posse ilegal de fogos de artifício e desordem pública, mas enfatizou que a violência foi obra de uma minoria, distinta dos torcedores legítimos que celebraram pacificamente. A prefeitura relatou que quatro lojas foram saqueadas, e em Grenoble, no sudeste, um carro atingiu uma multidão, ferindo gravemente quatro membros de uma mesma família, segundo a The New York Times. O motorista, que se entregou à polícia, testou negativo para álcool e drogas, e o incidente não foi considerado intencional.
A narrativa de que a maioria dos envolvidos seria de origem árabe e norte-africana, amplificada por moradores e em plataformas digitais, gerou controvérsia. Embora fontes oficiais, como o The Washington Post, não confirmem oficialmente a composição demográfica dos detidos, o sentimento reflete tensões sociais na França, onde a imigração é um tema sensível. O presidente Emmanuel Macron condenou a violência como “inaceitável” e prometeu punições rigorosas, enquanto o PSG emitiu uma nota oficial condenando os “atos isolados” que “não representam os valores do clube,” conforme relatado pela Al Jazeera. A violência continuou em menor escala na noite de 1º de junho, durante o desfile de comemoração do PSG na Champs-Élysées, que reuniu 100.000 torcedores sob forte segurança.
A tragédia em Paris reacende preocupações sobre a capacidade das autoridades de gerir grandes eventos esportivos, especialmente em um contexto de tensões sociais. A administração Trump, em linha com sua agenda de segurança e ordem, elogiou a resposta firme da polícia francesa, destacando a necessidade de proteger a infraestrutura urbana e os cidadãos. A vitória do PSG, um marco histórico para o futebol francês, foi manchada por atos de vandalismo que expõem os desafios de equilibrar celebrações públicas com a manutenção da segurança e da coesão social.
