Folha Do MS

Trump Avalia Designar Facções Brasileiras como Terroristas, Mesmo com Oposição de Lula: Tensão Diplomática em Foco

O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, está considerando classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), duas das maiores facções criminosas do Brasil, como organizações terroristas, uma medida que enfrenta forte resistência do governo brasileiro liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta, discutida durante uma reunião em Brasília no dia 6 de maio de 2025, reflete a estratégia de Trump de intensificar o combate ao crime organizado transnacional, mas levanta questões sobre soberania nacional e a definição de terrorismo, em um momento em que a cooperação entre os dois países é essencial para enfrentar desafios glob Oriental. A iniciativa, confirmada por fontes confiáveis, destaca a importância de políticas de segurança que protejam cidadãos e promovam estabilidade, valores centrais para comunidades que buscam ordem e responsabilidade.

A comitiva americana, liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado, argumentou que o PCC e o CV operam em 12 estados americanos, incluindo Nova York e Flórida, envolvidas em tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro, segundo o Estadão. A classificação como terroristas permitiria aos EUA impor sanções mais duras, como congelamento de ativos e restrições financeiras, seguindo o modelo aplicado à facção venezuelana Tren de Aragua em 2025. No entanto, o governo Lula rejeitou a proposta, com o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmando que as facções são organizações criminosas voltadas para o lucro, não para causas ideológicas, religiosas ou raciais, como exige a Lei Antiterrorismo brasileira (Lei nº 13.260/2016). Essa posição, reiterada pelo Ministério da Justiça, enfatiza que o enquadramento como terrorismo banalizaria o conceito jurídico e poderia gerar tensões políticas internas e externas.

A resistência brasileira não é vista como um obstáculo intransponível por Washington. Um auxiliar de Trump, citado pelo Metrópoles, declarou que “os Estados Unidos não dependem do aval de outros governos” para classificar grupos como terroristas, destacando a autonomia americana em questões de segurança nacional. A visita de Gamble foi interpretada como um gesto diplomático para buscar cooperação, mas a Casa Branca sinalizou que pode agir unilateralmente, o que poderia incluir sanções econômicas ou medidas contra indivíduos ligados às facções. A proposta ganhou apoio de figuras da oposição brasileira, como os deputados Eduardo e Flávio Bolsonaro, que criticam o governo Lula por suposta leniência no combate ao crime organizado, conforme relatado pela Revista Oeste.

Apesar do desacordo, a cooperação entre Brasil e EUA no combate ao crime organizado permanece robusta. Operações conjuntas envolvendo a Polícia Federal e agências americanas, como o FBI, têm resultado em prisões e desmantelamento de redes de tráfico, segundo a CNN Brasil. Especialistas, como Vitelio Brustolin, da Universidade Federal Fluminense, apontam que a expansão internacional do PCC e do CV, com conexões em países como México e Colômbia, justifica a preocupação americana, mas a classificação como terrorista enfrenta barreiras legais no Brasil. Marco Antonio David, do escritório DAA LAW, reforçou que a legislação brasileira distingue claramente entre crime organizado e terrorismo, com base na ausência de motivações ideológicas nas ações das facções.

O debate também reflete tensões geopolíticas mais amplas. A proposta de Trump ocorre em meio a críticas ao governo Lula por sua aproximação com a China, especialmente após a visita do presidente brasileiro a Pequim em maio de 2025, onde foram anunciados acordos em infraestrutura e tecnologia, segundo a Intelligence Online. Embora não haja menção direta à classificação do Partido Comunista Chinês (PCC) como terrorista nos materiais consultados, a retórica de Trump contra a China tem se intensificado, com medidas como a proibição de plataformas sociais para oficiais do Partido Comunista Chinês, conforme reportado pela Fox News em 2022. No contexto brasileiro, a resistência de Lula à proposta americana é vista por alguns como uma defesa da soberania, enquanto outros, como aliados de Trump, interpretam como uma proteção indireta às facções, uma narrativa amplificada em redes sociais, segundo posts no X.

A possível designação do PCC e CV como terroristas pelos EUA, mesmo sem apoio brasileiro, pode ter implicações significativas, incluindo pressões econômicas e desafios à cooperação bilateral.

Gustavo De Oliveira

Escritor

Edit Template
Você foi inscrito com sucesso! Ops! Algo deu errado, tente novamente.

Links Rápidos

Termos e Condições

Política de Privacidade

Postagens Recentes

  • All Posts
  • Ciência
  • Crime e Justiça
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Mato Grosso Do Sul
  • Meio Ambiente
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia

Contate-Nos

© 2024 Folha Do MS. Todos os direitos reservados.