Em 8 de maio de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo comercial com o Reino Unido, descrito como o primeiro grande pacto desde a imposição de tarifas globais em abril. Realizado no Salão Oval, o anúncio contou com a participação por telefone do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que classificou o acordo como “histórico” e um marco para a cooperação entre os dois países. O pacto, que promete alinhar a segurança econômica de ambas as nações, reduz tarifas sobre setores estratégicos, como aço, automóveis e agricultura, e é visto como uma vitória diplomática para Trump, que busca reafirmar a liderança americana no comércio global. Confirmado por fontes confiáveis, como a Reuters e o The Times, o acordo reflete uma abordagem pragmática que equilibra interesses econômicos com a necessidade de estabilidade em um mundo marcado por tensões comerciais.
O acordo mantém uma tarifa americana de 10% sobre produtos britânicos, enquanto o Reino Unido reduz suas taxas de 5,1% para 1,8%, facilitando o acesso de produtos americanos, como carne bovina, etanol e máquinas. As tarifas britânicas sobre aço e alumínio serão zeradas, e as taxas sobre automóveis exportados para os EUA caem de 27,5% para 10%, beneficiando marcas como Range Rover. Segundo a Casa Branca, o pacto cria US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação para os EUA, com US$ 700 milhões em etanol e US$ 250 milhões em produtos agrícolas, além de gerar US$ 6 bilhões em receitas tarifárias. O Reino Unido, por sua vez, ganha maior acesso ao mercado americano, essencial para sua economia pós-Brexit. A redução de barreiras não tarifárias e a agilização de processos alfandegários britânicos foram destacadas como medidas que promovem reciprocidade, um princípio que Trump enfatizou como central para o comércio justo.
A iniciativa ocorre em um contexto de pressão global após as tarifas de 10% impostas por Trump em 2 de abril, que abalaram o comércio internacional e levaram países a buscar acordos para evitar taxas mais altas. O Reino Unido, quarto maior parceiro comercial dos EUA, foi o primeiro a fechar um pacto, aproveitando a “relação especial” entre as nações, reforçada por laços históricos e estratégicos. Trump destacou que o acordo, negociado há décadas, é “maior e mais forte” do que os discutidos na era do Brexit, enquanto Starmer afirmou que ele protegerá e criará empregos, impulsionando o crescimento. Analistas, como os do The Times, sugerem que o pacto é mais limitado do que um acordo de livre comércio tradicional, funcionando como uma base para negociações futuras, mas sua relevância geopolítica é inegável, especialmente em um momento em que a União Europeia e a China enfrentam desafios para fechar acordos similares com os EUA.
O anúncio reflete a estratégia de Trump de usar tarifas como alavanca para negociações, uma tática que, embora controversa, rendeu resultados iniciais com o Reino Unido. Críticos, citados pela Reuters, apontam que a manutenção da tarifa de 10% e a ausência de detalhes finais indicam que o acordo é um “documento de condições gerais”, mas sua aprovação por ambos os lados sinaliza um compromisso com a estabilidade econômica. O pacto também envia um recado a outros parceiros comerciais, com Trump indicando que negociações com a China e a Suíça estão em andamento. Para o Reino Unido, o acordo fortalece sua posição pós-Brexit, especialmente após a recente assinatura de um tratado de livre comércio com a Índia, conforme reportado pelo The Telegraph. A ênfase na segurança econômica, destacada por Trump, ressoa com aqueles que valorizam a soberania nacional e a proteção de interesses estratégicos em um cenário global volátil.