A capital da Bélgica, Bruxelas, destaca-se como um dos centros urbanos mais diversos da Europa, e um dado recente reforça essa característica: segundo a Statbel, a agência de estatísticas oficial do país, 83,9% dos jovens com menos de 18 anos na região da Bruxelas-Capital têm pelo menos um progenitor de origem estrangeira. Essa informação, publicada em 2022, reflete a profunda transformação demográfica da cidade, impulsionada por décadas de imigração e pela presença de instituições internacionais, como a União Europeia e a OTAN. A notícia, confirmada por fontes confiáveis, levanta debates sobre integração, identidade cultural e o futuro das políticas públicas em uma sociedade que valoriza tanto a diversidade quanto a coesão social.
O relatório da Statbel, baseado em dados de 2020, detalha que, entre os jovens menores de 18 anos, 60,1% possuem pelo menos um dos pais de origem não europeia, sendo 37% de origem africana. Esse cenário contrasta com a composição demográfica de outras regiões belgas, como Flandres e Valônia, onde a proporção de jovens com raízes estrangeiras é significativamente menor. Em Bruxelas, a diversidade é ainda mais acentuada em certos bairros, como Saint-Josse-ten-Noode e Molenbeek-Saint-Jean, onde mais de um terço dos residentes nasceu fora da União Europeia. A presença de comunidades de países como Marrocos, Turquia e nações da África Subsaariana molda a identidade da cidade, que também atrai expatriados europeus devido à sua posição como hub político e econômico.
A taxa de natalidade entre famílias de origem estrangeira é mais elevada, e a população jovem de Bruxelas é significativamente mais diversa do que as gerações mais velhas. Em 2023, apenas 23,4% dos residentes da cidade eram belgas com ascendência exclusivamente belga, um declínio em relação aos 36,2% registrados em 2010.