O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueou planos de Israel para atacar instalações nucleares do Irã, optando por buscar um acordo diplomático para limitar o programa nuclear iraniano, segundo informações do The New York Times publicadas em 16 de abril de 2025. A decisão, tomada após meses de debates internos na administração, reflete a preferência de Trump por evitar um conflito militar que poderia escalar para uma guerra regional, especialmente em um momento de fragilidade militar e econômica do Irã. Durante uma coletiva em 18 de abril, Trump reforçou sua posição, declarando: “O Irã tem chance de ser um grande país e viver feliz sem morte… quero isso, é minha primeira opção”, sinalizando uma abordagem centrada na diplomacia, mas sem descartar consequências caso as negociações falhem.
Os planos israelenses, que previam uma série de ataques em maio de 2025, incluíam a destruição de sistemas de defesa aérea iranianos e alvos nucleares, como as instalações de Natanz e Fordow, com o objetivo de atrasar o programa nuclear do Irã por pelo menos um ano. Esses ataques dependeriam de apoio logístico e militar dos EUA, tanto para garantir o sucesso da operação quanto para proteger Israel de retaliações iranianas, que poderiam incluir um ataque massivo com mísseis balísticos. Segundo o The New York Times, a decisão de Trump foi influenciada por divisões internas: enquanto assessores hawkish, como o conselheiro de segurança nacional Michael Waltz e o secretário de Estado Marco Rubio, defendiam uma postura agressiva, outros alertaram que um ataque poderia não destruir completamente as ambições nucleares do Irã e arriscaria um conflito mais amplo. A escolha pela diplomacia coincidiu com sinais de abertura do Irã para negociações, mediadas por Omã, com reuniões realizadas em 12 e 19 de abril em Roma.
As negociações, lideradas pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, focam em limitar o enriquecimento de urânio e o tamanho dos estoques nucleares do Irã, com verificações pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Dados da AIEA indicam que o Irã acumulou urânio enriquecido suficiente para várias bombas nucleares, mas ainda não possui um artefato pronto, estando a semanas ou meses de alcançar essa capacidade. Apesar do progresso nas conversas, há tensões: o Irã considera seu enriquecimento “não negociável”, enquanto Waltz insiste no “desmantelamento total” das instalações nucleares, uma demanda que ecoa a posição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou que qualquer acordo deve eliminar completamente o programa nuclear iraniano.
A estratégia de Trump combina pressão econômica, com sanções reforçadas contra o Irã, e a ameaça de ação militar, como sugerido pelo envio de bombardeiros B-2 a Diego Garcia. Para comunidades cristãs conservadoras, a decisão ressoa com a busca por soluções que evitem a destruição e promovam a estabilidade, alinhando-se à visão de preservar a vida e a soberania das nações. Contudo, o sucesso das negociações dependerá da capacidade de superar as divisões internas nos EUA e a desconfiança mútua com o Irã, enquanto Israel mantém a possibilidade de ações unilaterais caso o acordo não atenda suas expectativas.