Em um esforço para ampliar o apoio às famílias em situação de vulnerabilidade, o governo de Mato Grosso do Sul promoveu, em 31 de março de 2025, um encontro significativo em Campo Grande. O governador Eduardo Riedel liderou uma conversa franca com 21 mães solo, todas beneficiárias do programa Mais Social, para apresentar os detalhes do novo Programa de Apoio à Mãe Trabalhadora e Chefe de Família – Criança na Creche. A iniciativa, realizada na sede do Mais Social, também abriu espaço para que essas mulheres compartilhassem suas experiências e sugerissem melhorias, destacando a importância de políticas públicas que atendam às necessidades reais da população.
O programa visa atender mães que sustentam sozinhas suas famílias e enfrentam dificuldades para conciliar trabalho e cuidado infantil, especialmente quando não conseguem vagas em creches públicas para crianças de até 3 anos, 11 meses e 29 dias. A secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, explicou que as beneficiárias que comprovarem a intenção de emprego receberão R$ 600 por filho, desde que a criança esteja matriculada em uma creche. Além disso, aquelas que optarem por retomar os estudos, como no Ensino de Jovens e Adultos (EJA), terão um acréscimo de R$ 300. O benefício pode ser acumulado apenas com o Mais Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e as inscrições devem ser feitas na sede do programa.
Michele Matias de Sena, mãe de três filhos – Mariana (11 anos), Derek (7 anos) e Gael (2 anos) –, foi uma das participantes. Ela destacou o impacto positivo da iniciativa em sua vida. “Fiquei muito feliz pelo governador ter vindo pessoalmente, ouvido várias conversas, várias opiniões. Recebo o Mais Social e agora tenho a oportunidade de arrumar a creche para o nenê. Isso vai me dar tranquilidade para trabalhar enquanto o Gael fica bem cuidado”, afirmou. Sua fala reflete um sentimento comum entre as mães presentes: a busca por segurança e estabilidade para os filhos enquanto tentam garantir o sustento da família.
Outra mãe, Jegrieli Maciel Godoi Tavares, que tem quatro filhos, também elogiou a abordagem do governo. “Achei muito importante ele querer dar atenção e ouvir as mães. A gente se sente importante de saber que ele quer a nossa opinião sobre os benefícios. A questão da creche é essencial, porque queremos que nossos filhos sejam bem cuidados enquanto trabalhamos ou nos qualificamos”, disse. Ela ainda ressaltou o valor de políticas que incentivem a profissionalização, expressando o desejo de, no futuro, alcançar independência financeira e abrir espaço para outras famílias necessitadas.
O encontro contou com a participação de autoridades como o secretário-adjunto Anderson Warpechowski, a secretária-executiva de Assistência Social, Taciana Afonso Silvestrini Arantes, e a superintendente do Mais Social, Andressa Farias, reforçando o compromisso do estado em ouvir e ajustar suas ações. Para Riedel, a troca de ideias foi uma oportunidade de “receber demandas para continuar aperfeiçoando os programas sociais e incluir cada vez mais pessoas nas oportunidades de emprego e renda”. O diálogo sublinha uma visão prática de governança, que valoriza a proximidade com os cidadãos e a construção de soluções baseadas em suas vivências.
A iniciativa se insere em um contexto mais amplo de ações sociais no estado. No mesmo dia, foram assinados contratos do programa habitacional Oga Porã – Minha Casa, Minha Vida, beneficiando 483 famílias, e publicados decretos que regulamentam o Programa Recomeços, voltado ao apoio financeiro de mulheres vítimas de violência doméstica. Essas medidas refletem uma estratégia que combina assistência imediata com incentivos de longo prazo, buscando fortalecer a estrutura familiar e a autonomia das mulheres em Mato Grosso do Sul.