A justiça irlandesa decidiu que Conor McGregor, ex-campeão do UFC, não enfrentará acusações por supostamente incitar ódio em torno dos tumultos de Dublin, em novembro de 2023. A decisão, confirmada pela Gardaí (polícia irlandesa), veio após o Diretor de Processos Públicos (DPP) analisar o caso e optar por não prosseguir com a denúncia. A investigação teve início devido a publicações feitas por McGregor nas redes sociais, incluindo uma mensagem na véspera dos distúrbios que dizia “Irlanda, estamos em guerra”, em resposta à permissão de voto de ucranianos em eleições locais. No dia seguinte, a capital irlandesa testemunhou cenas de caos, com veículos incendiados e lojas saqueadas.
A absolvição marca um desfecho para um episódio que gerou intenso debate. McGregor, que já foi condenado em um processo civil por agressão em 2018, celebrou a decisão nas redes sociais, afirmando que “terão de matá-lo para detê-lo”. A polícia, por sua vez, mantém sua política de não comentar decisões do DPP. O caso coincidiu com a recente visita do lutador à Casa Branca, onde ele criticou o governo irlandês e reforçou sua retórica anti-imigração, alimentando especulações sobre uma possível candidatura à presidência da Irlanda. Apesar disso, a resolução judicial alivia a pressão legal sobre o atleta, enquanto a memória dos tumultos permanece como um alerta sobre as tensões sociais no país. A estabilidade, valor caro à tradição irlandesa, parece ter prevalecido na escolha por evitar um processo de alto perfil.