Mato Grosso do Sul alcançou a marca de 1.663 casos confirmados de dengue em 2025, conforme divulgado no boletim epidemiológico da 11ª semana, publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na quarta-feira, 19 de março. O levantamento aponta que, até o momento, o estado acumula 4.849 casos prováveis da doença, com um total de quatro óbitos confirmados e outros quatro em investigação. A operação reflete o esforço contínuo das autoridades de saúde para monitorar e conter a disseminação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, um desafio persistente na região.
Os dados mostram que, nos últimos 14 dias, os municípios de Japorã e Paraíso das Águas registraram alta incidência de casos confirmados, enquanto Figueirão e Aparecida do Taboado apresentaram incidência média. Os óbitos ocorreram em Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina e Aquidauana, sendo que duas das vítimas tinham comorbidades, o que pode ter agravado seus quadros. A SES também informou que 126.409 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas na população-alvo, composta por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária priorizada devido ao maior risco de hospitalização. Até agora, o estado recebeu 207.796 doses do imunizante do Ministério da Saúde.
Além da dengue, o boletim trouxe números sobre a chikungunya, outra doença transmitida pelo mesmo mosquito. Foram registrados 2.742 casos prováveis no estado, com 387 confirmações e um óbito confirmado em Dois Irmãos do Buriti. A SES reforçou o alerta contra a automedicação, orientando a população a procurar unidades de saúde ao apresentar sintomas como febre alta, dores articulares ou manchas na pele. A vacinação e o combate aos criadouros do mosquito seguem como pilares da estratégia estadual para enfrentar essas arboviroses.
O aumento dos casos em 2025, mesmo com a imunização em andamento, levanta questões sobre a eficácia das medidas preventivas e a adesão da população às campanhas de eliminação de focos do Aedes aegypti. Enquanto o governo estadual mantém o foco na vigilância e no fortalecimento da infraestrutura de saúde, a responsabilidade compartilhada entre cidadãos e autoridades permanece essencial para frear o avanço dessas doenças em Mato Grosso do Sul.