Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio nomeado pelo presidente Donald Trump, está desempenhando um papel central nas tentativas de estabelecer negociações de paz para o conflito entre Rússia e Ucrânia. Relatos recentes apontam que os EUA, em conjunto com outras partes, planejam realizar discussões em breve na Arábia Saudita, com o objetivo de criar um esboço para um acordo de paz e um cessar-fogo inicial. Apesar disso, datas específicas e a lista completa de participantes ainda não foram oficialmente confirmadas.
Witkoff, um magnata do setor imobiliário sem experiência diplomática prévia, ganhou a confiança de Trump ao longo de décadas de amizade pessoal e parcerias comerciais. Inicialmente designado para atuar no Oriente Médio, onde contribuiu para o cessar-fogo entre Israel e Hamas, seu mandato foi expandido para incluir a guerra Rússia-Ucrânia. Em 18 de fevereiro de 2025, ele participou de uma reunião em Riad com altos funcionários russos, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, ao lado do secretário de Estado Marco Rubio e do conselheiro de segurança nacional Mike Waltz. A ausência de representantes ucranianos nesse encontro gerou críticas de Kiev, que insiste em ser incluída em qualquer negociação.
Fontes indicam que um novo encontro está sendo planejado na Arábia Saudita, possivelmente em Riad ou Jeddah, agora com a participação da Ucrânia. Witkoff afirmou em 6 de março de 2025, em declarações à imprensa na Casa Branca, que os EUA estão coordenando com autoridades ucranianas para estruturar um marco para a paz. A iniciativa segue uma ligação entre Trump e os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskyy, sinalizando o interesse em avançar rapidamente nas tratativas.
Embora os detalhes permaneçam em aberto, a escolha da Arábia Saudita como sede reflete seu papel crescente como mediadora em conflitos internacionais, reforçado pela influência do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que já auxiliou em negociações recentes. O esforço liderado por Witkoff ocorre em meio a tensões com aliados europeus, que expressaram preocupação com a exclusão inicial de Kiev e temem que um acordo unilateral possa comprometer a soberania ucraniana.