Na madrugada de sábado, 22 de fevereiro de 2025, a Nova Zelândia foi cenário de uma onda de ataques suspeitos que chocou o país: quatro igrejas em Masterton, uma cidade ao norte de Wellington, foram incendiadas, enquanto outras três sofreram tentativas de ataque, mas não pegaram fogo. O incidente, descrito como um “ato coordenado e suspeito” pelas autoridades, foi reportado pela BBC e pela Radio New Zealand, com os bombeiros e a polícia tratando os casos como possíveis crimes de ódio ou terrorismo, embora nenhuma motivação tenha sido confirmada até o momento.
As igrejas afetadas incluem a Anglican Church of the Epiphany, St Patrick’s Catholic Church, Masterton Baptist Church e Equippers Church Masterton, que sofreram danos “moderados a significativos”, segundo um porta-voz do Serviço de Incêndio e Emergência da Nova Zelândia (FENZ). Evidências, como aceleradores de fogo encontrados nas três igrejas que não incendiaram, indicam que os ataques foram premeditados. A polícia, que está investigando o caso, informou que nenhuma prisão foi feita até o momento, mas declarou que “os incêndios são tratados como suspeitos e foram encaminhados à polícia para investigações adicionais”.
O episódio ocorre em um contexto de preocupações crescentes com ataques a edifícios religiosos na Nova Zelândia. Em 2024, um prédio da igreja em Auckland foi alvo de dois ataques a fogo na mesma noite, segundo a BBC. Embora as autoridades não tenham vinculado diretamente os incidentes, líderes comunitários especulam que os ataques podem estar relacionados a tensões religiosas ou ideológicas, especialmente após o massacre de Christchurch em 2019, que matou 51 pessoas em duas mesquitas, e subsequentes incidentes contra locais de culto. O arcebispo de Wellington, Paul Martin, classificou os incêndios como “um golpe contra a comunidade de fé”, pedindo união para superar a crise.