O presidente argentino Javier Milei anunciou, em 25 de fevereiro de 2025, que liberará o acesso aos arquivos secretos sobre cerca de 5 mil nazistas que fugiram para a Argentina após a Segunda Guerra Mundial. A decisão, tomada após reuniões com o Centro Simon Wiesenthal e autoridades locais, marca um marco histórico para expor as rotas de fuga — conhecidas como “ratlines” — que abrigaram criminosos de guerra como Adolf Eichmann e Josef Mengele. Para conservadores brasileiros, que valorizam justiça histórica e soberania nacional, a medida de Milei é um passo corajoso contra o esquecimento, mas também reacende debates sobre o passado sombrio da América Latina.
Os arquivos, guardados em Buenos Aires, detalham como o regime de Juan Domingo Perón facilitou a entrada de nazistas entre 1945 e 1955, oferecendo documentos falsos e refúgio em troca de tecnologia e capital. Entre os nomes estão figuras como Eichmann, capturado por Israel em 1960, e Mengele, o “Anjo da Morte” de Auschwitz, que viveram anos na Argentina sem serem perturbados. O Centro Simon Wiesenthal estima que esses documentos podem revelar não apenas identidades, mas também contas bancárias suíças ligadas a bens saqueados de vítimas do Holocausto.