O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que fará pronunciamentos quinzenais em cadeia nacional de rádio e TV, começando com o discurso de 24 de fevereiro de 2025, sob orientação do novo chefe da Secom, Sidônio Palmeira. O objetivo? Reverter a queda livre na popularidade, que despencou de 35% para 24% em dois meses, segundo o Datafolha, atingindo o pior índice de seus três mandatos. Para os conservadores brasileiros, a medida cheira a desespero e pode ser um tiro no pé: em vez de aplausos, o Planalto pode ouvir panelaços.
No primeiro pronunciamento, Lula destacou o programa Pé-de-Meia, que paga R$ 1 mil a alunos do ensino médio que passam de ano, e a gratuidade total dos 41 medicamentos do Farmácia Popular — ações já anunciadas antes, mas requentadas com tom informal para soar próximo do povo. A estratégia é clara: usar a imagem do presidente como “motor” da comunicação, evitando filtros da imprensa e mirando diretamente o eleitor. A Secom planeja falas curtas, de dois minutos, para manter a atenção, mas sem novidades de peso, o impacto pode ser duvidoso.