O Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico encerraram-se em 20 de fevereiro de 2025, em Campo Grande, marcando progressos significativos para o Corredor Bioceânico. Iniciado em Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul, o trajeto de 3.320 km atravessa Paraguai e Argentina até os portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Tocopilla, oferecendo um acesso mais rápido ao Oceano Pacífico e aos mercados asiáticos, como China, Índia e Japão.
Realizado entre 18 e 20 de fevereiro, o evento reuniu mais de 1,2 mil participantes de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, incluindo autoridades, empresários e representantes da sociedade civil. Organizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, via Semadesc, com apoio da Fiems e do Sebrae/MS, o seminário abordou segurança, logística e infraestrutura como pilares para a integração regional.
Na coletiva de encerramento, o governador Eduardo Riedel celebrou os resultados, destacando quase R$ 30 milhões em negócios prospectados. Ele enfatizou que os avanços, embora graduais, pavimentam o caminho para uma estrutura que beneficiará os quatro países e os oito territórios diretamente envolvidos. Riedel apontou a ausência de uma solução instantânea, mas reforçou o progresso contínuo rumo ao potencial pleno da rota.
A unificação de processos aduaneiros e migratórios foi um dos focos, visando agilizar o fluxo de mercadorias e pessoas. Alejandro Eduardo Marenco, secretário de segurança de Jujuy, Argentina, defendeu a necessidade de harmonizar legislações para facilitar o transporte terrestre ao longo do corredor. Já Ricardo Díaz Cortés, governador de Antofagasta, Chile, destacou o interesse em atrair investimentos, citando a criação de zonas francas com Paraguai e a busca por novos mercados.
O evento, sediado no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, fortaleceu o diálogo entre os países, identificando oportunidades e desafios do corredor que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico. Os debates sinalizam um futuro de maior competitividade econômica e desenvolvimento sustentável para a região.