O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou-se alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos, movida pelo Trump Media & Technology Group, empresa do ex-presidente Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble. As empresas acusam Moraes de censura ilegal ao ordenar a remoção de contas de comentaristas políticos de direita brasileiros, violando a Primeira Emenda da Constituição americana.
A ação foi protocolada em um tribunal federal em Tampa, Flórida, e alega que as ordens de Moraes censuram o discurso político legítimo nos EUA. A Rumble, conhecida por abrigar conteúdos de influenciadores conservadores, argumenta que as determinações do ministro brasileiro afetam diretamente sua operação e a liberdade de expressão em solo americano.
Esse processo ocorre em meio a um cenário político conturbado no Brasil, onde recentemente a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As acusações incluem planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o próprio ministro Alexandre de Moraes.
As empresas de Trump e a Rumble sustentam que as ações de Moraes extrapolam as fronteiras brasileiras, impondo censura que fere princípios fundamentais da liberdade de expressão nos Estados Unidos. Até o momento, o STF e o ministro Moraes não se manifestaram oficialmente sobre o processo.