Uma pesquisa global conduzida pela Liga Antidifamação (ADL) revelou que 46% da população mundial compartilha crenças antissemitas, o maior índice registrado na última década. O levantamento, que entrevistou 58 mil pessoas em 103 países, aponta um cenário preocupante de disseminação do preconceito contra judeus ao redor do mundo.
REGIÕES COM MAIOR E MENOR ÍNDICE DE ANTISSEMITISMO
O estudo identificou que as maiores taxas de crenças antissemitas estão concentradas na Cisjordânia/Judeia e Samaria e na Faixa de Gaza (97%), além de países como Kuwait (97%) e Indonésia (96%). Em contrapartida, os menores índices foram registrados em Suécia (5%), Noruega (8%), Canadá (8%) e Holanda (8%).
FALTA DE CONHECIMENTO SOBRE O HOLOCAUSTO
Outro dado preocupante revelado pela pesquisa é a falta de conhecimento sobre o Holocausto. Segundo o estudo, 20% dos entrevistados nunca ouviram falar sobre o genocídio judeu, e menos da metade reconhecem sua veracidade histórica. Entre os jovens de 18 a 34 anos, o desconhecimento é ainda maior, acompanhado de níveis mais altos de adesão a estereótipos antissemitas. Quase 40% dessa faixa etária acredita na falsa narrativa de que “os judeus são responsáveis pela maioria das guerras”, enquanto entre os maiores de 50 anos, esse índice cai para 29%.
ADL ALERTA PARA A NECESSIDADE DE AÇÃO GLOBAL
Diante do aumento expressivo do antissemitismo, a Liga Antidifamação fez um alerta urgente para a necessidade de ações coordenadas entre governos, sociedade civil e indivíduos. A organização defende maior investimento em educação, regulamentação das redes sociais e reforço na segurança para prevenir crimes de ódio contra judeus.
“Este é um problema global que exige uma resposta urgente”, afirmou Jonathan Greenblatt, CEO da ADL, reforçando a importância de enfrentar essa crescente ameaça com medidas eficazes e coordenadas.