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Maior Controle da Tuberculose Dentro e Fora das Prisões Faz de MS Referência Nacional

Mato Grosso do Sul alcançou um marco histórico no combate à tuberculose nas unidades prisionais, com o projeto “Estratégias de Controle da Tuberculose nas Prisões”. Esta iniciativa é fruto de uma parceria entre a Agepen/MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a SES (Secretaria Estadual de Saúde), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e outras instituições internacionais como a Universidade de Stanford. Em dois anos, mais de 13 mil atendimentos foram realizados nos reeducandos da capital, com a detecção de 473 casos da doença.

O projeto, que existe há mais de uma década em Mato Grosso do Sul, se destaca por ser uma das primeiras iniciativas no país a enfrentar a tuberculose nas prisões com estratégias de rastreamento e busca ativa. Essa abordagem tem contribuído para o reconhecimento nacional, com o Ministério da Saúde destacando o estado pelos seus altos índices de controle e tratamento da tuberculose na população carcerária e geral.

Mariana Croda, médica infectologista e coordenadora do projeto, explica que o trabalho, focado nas prisões, também beneficia a comunidade em geral, já que contribui para a redução da transmissão da doença para fora das unidades prisionais. A triagem em massa é feita logo após a chegada de novos internos e a cada quatro meses, independente da presença de sintomas, por meio de questionários, coleta de escarro e exames de raio-X.

A tuberculose, por ser uma doença de fácil transmissão, exige cuidados contínuos e educativos. Por isso, educação em saúde está no centro do projeto, com planos de treinamento para os reeducandos, como foi feito com os profissionais de saúde. Alessandra Moura da Silva, coordenadora de campo, destaca que a utilização de aparelhos móveis foi um diferencial que permitiu ampliar os atendimentos em diferentes unidades penais.

O tratamento da doença, que inclui a entrega mensal de medicação, é oferecido de forma voluntária. O projeto é executado com o apoio de uma equipe multiprofissional composta por cerca de 40 profissionais de saúde. Além disso, o projeto também conta com a colaboração do Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), que contribui para o desenvolvimento de pesquisas.

O novo desafio do projeto é iniciar a educação em saúde com os reeducandos, promovendo a conscientização sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoce da doença, um passo essencial para a prevenção.

Rita Luciana Domingues da Silva, chefe da Divisão de Assistência à Saúde Prisional da Agepen, destacou que o tratamento da tuberculose na população carcerária vai além da saúde pública, sendo também uma questão de direitos humanos, garantindo que todos os internos recebam a devida atenção médica e assistência.

O projeto já está implantado em todas as unidades penais do Complexo do Jardim Noroeste e, desde agosto de 2024, também está sendo desenvolvido em todo o Complexo das Gameleiras, Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual e Patronato Penitenciário de Campo Grande. Além disso, a Penitenciária Estadual de Dourados também foi contemplada com a iniciativa.

O sucesso desse trabalho é atribuído à integração das diferentes instituições, com cada uma cumprindo seu papel na luta contra a tuberculose e no fortalecimento do controle da doença nas unidades prisionais do estado.

Jose Roberto

Escritor

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