Os preparativos para a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil estão causando preocupações entre os diplomatas chineses, e o foco da tensão parece ser a primeira-dama, Janja da Silva. A delegação chinesa já comunicou ao Itamaraty que não deseja “improvisos” durante a visita oficial.
Intromissões da Primeira-Dama no Governo
Dona Janja tem sido vista como uma figura com considerável influência política dentro do governo. No entanto, sua presença nas esferas governamentais nem sempre foi bem-recebida, especialmente em reuniões formais e bilaterais que envolvem a tomada de decisões estratégicas. A intromissão de Janja já gerou desconforto em diversas ocasiões, e os chineses estão cientes disso, o que levou à elaboração de um dossiê contendo informações sobre suas ações dentro do governo brasileiro.
Esse dossiê tem sido utilizado como justificativa para reforçar a exigência de que Janja não participe de reuniões sigilosas entre os dois presidentes, especialmente aquelas que envolvem discussões cruciais sobre as relações bilaterais. A expectativa é de que, nessa visita, ela se limite a papéis protocolares, sem interferir em questões de Estado.
Xi Jinping Não Aceitará a Presença de Janja em Reuniões Fechadas
Os diplomatas chineses, conhecidos por sua rigidez em protocolos de visitas de Estado, foram claros: a presença de Janja em reuniões confidenciais entre os líderes não será tolerada. O governo de Xi Jinping é altamente focado em formalidades e em seguir rigorosamente as regras estabelecidas para encontros desse nível. Eles deixaram claro que a participação de pessoas que não estão diretamente ligadas ao debate técnico ou diplomático seria vista como um desvio dos protocolos, algo que não é aceitável para Pequim.
A Agenda Diplomática Seguirá Rígidos Protocolos
Com uma agenda delicada, que provavelmente incluirá temas como comércio, investimentos e questões geopolíticas, a China quer garantir que a visita ocorra de forma ordenada e sem surpresas. Além disso, questões envolvendo o avanço da Nova Rota da Seda e investimentos em infraestrutura brasileira podem estar na pauta. O Brasil busca parcerias estratégicas, mas a China, por sua vez, está adotando uma postura firme sobre como essas discussões devem ser conduzidas, sem interferências externas que possam desviar o foco ou complicar as negociações.
A presença de Janja nas reuniões poderia ser vista como uma influência indevida no processo decisório, algo que os chineses querem evitar a todo custo.